Na ausência de sinais de fontes sísmicas (que corresponde a mais de 90% do tempo) o registo sísmico é dominado por aquilo que se designa por ruído. Este ruído pode ter várias origens, quer instrumentais, quer ambientais e caracteriza-se por não haver uma coerência de fase, não sendo possível identificar no registo qualquer tipo de onda.
O ruído sísmico pode ser definido como qualquer sinal indesejado que um sensor sísmico registe. No entanto, a classificação do que é ruído sísmico está dependente dos objetivos de estudo; dados que num contexto seriam considerados ruído, podem ser considerados sinais de interesse numa outra área de estudo. Exemplo disto é o ruído de longo período, que pode ser usado em estudos de correlação cruzada entre estações sísmicas.
Em termos gerais, existem duas fontes distintas de ruído: - ruído instrumental; ruído gerado pela própria instrumentação;
- ruído sísmico; ruído exterior ao equipamento de monitorização;
Todos os elementos do instrumento sísmico, filtro, amplificador e ADC, são circuitos eletrónicos que pela sua própria natureza e pelo facto de trabalharem a temperatura acima do zero absoluto, introduzem ruído no sistema de aquisição.
O ruído instrumental induzido pelo sismómetro é, em geral, consideravelmente inferior ao ruído sísmico. No entanto, a utilização de outros equipamentos eletrónicos, como amplificadores, sistemas de comunicação ou outros equipamentos por onde os sinais são processados poderão induzir níveis consideráveis de ruído.